Esmurrando o pecado

“Esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado, eu mesmo não venha a ser reprovado…” (1Coríntios 9.27)

A palavra “esmurrar” significa “socar”, “golpear com força”; “provocar incapacidade do oponente em revidar”, “deixar o adversário com hematoma”, “deixar o adversário com dificuldade”. Por esse motivo que o apóstolo Paulo expressa de maneira violenta ao afirmar “esmurro meu corpo”, é tratar com severidade os desejos e impulsos, para que natureza pecaminosa se conserve sobre controle, para que o velho homem não venha acordar e as velhas atitudes não venham ressuscitar.

Francamente, quando Apóstolo Paulo  diz “faço do meu corpo meu escravo…” esta dizendo que o nosso  corpo é um adversário perigo que deve ser esmurrado severamente até a exaustão, a ponto de ser incapaz de esboçar qualquer reação, ou seja, o corpo deve estar totalmente rendido, vencido e dominado. Para isso, temos que submeter a vontade de Deus: “Andai na instrução do Espírito, assim vocês não estarão satisfazendo os desejos da carne…” (Efésios 6.18)

O apóstolo Paulo conclui ao dizer: “depois de ter pregado, eu mesmo não venha ser reprovado…”, significa, naturalmente, para  não ser rejeitado, por não alcançar os padrões exigidos por Deus, ou seja, tornando material de segunda. O atleta, por exemplo, precisa treinar todos os dias para não perder sua qualidade e habilidades. Assim, também, somos nós, devemos todos os dias viver uma vida de oração, para não perder a qualidade naquilo que Deus nos confiou a realizar: “Nunca falte o zelo…” (Romanos 12.11).

Só nos preocuparemos em orar e jejuar quando descobrimos o real motivo que Deus nos chamou: “Vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, cujo propósito é proclamar as grandezas daquele que vos convocou das trevas para sua maravilhosa luz…” (1Pedro 2.9).

Desejos desenfreados

“O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável…” (Jeremias 17:9)

Acredito que já ouviu alguém dizer a famosa frase: “Siga seu coração! – Faça o que der vontade! -Faça o que te deixa feliz!” Esta expressão é, e possivelmente sempre foi, muito falada no meio secular. Essencialmente, é uma ideia de que seu coração é uma bússola que levará ao seu destino. Uma crença que diz que você precisa de uma direção, o seu coração terá a resposta. Para muitas pessoas perdidas é uma crença libertadora. A verdade é que, ninguém mente tanto para nós quanto nosso próprio coração. A natureza do nosso coração é enganosa e traiçoeira. Nosso coração não foi feito para serem seguidos, mas para serem subjugada. A nossa vontade não for liderada ela pode nos levar a ruina.

Quando nossos impulsos e desejos não são questionados seremos como animais irracionais, porque o que diferencia na nossa superioridade de hierarquia no mundo animal está justamente no poder do intelecto e raciocínio para entender e julgar o que é certo e errado. Então seja mais prudente nas suas escolhas e discernimento nos seus pensamentos, porque será através delas que garantirá o sucesso para sua vida.

Quantas vezes somos sucumbidos diante dos nossos desejos desenfreados, seja elas o desejo de mentir, consumir compulsivamente, pornografia, adultério, desejo de vingança, desejo da compulsão alimentar. Enfim, se fizermos o que nosso coração diz para fazer iremos direto para a ruina. Às vezes estamos morrendo todos os dias por ser guiado pelo impulso do coração. Saiba que esses desejos podem custar sua vida, sua dignidade, sua reputação, seu chamado, sua honra, seu casamento, sua saúde. Parece que, as vezes, precisamos sofrer as consequências das nossas escolhas para acordar dessa inercia e voltar para a realidade na qual não estamos conseguindo enxergar ou perceber: “O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda sabiamente escapará.” (Provérbios 28.26, Mateus 15.19; Salmos 81.12).

Pare de criar argumentos para justificar seus erros e se arrependa! A riqueza do reino de Deus nos convida a ter uma vida com liberdade. Uma vida livre dos próprios desejos da luxuria, porque somos escravos daquilo que não controlamos.

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