Deserto da vida
5 de novembro de 2016.
“O menino crescia e se fortalecia no espírito; e viveu no deserto, até aparecer a Israel ” (Lucas 1.80)
O deserto, em seu sentido espiritual, representa aquela área de desconforto, lugar ermo, solitário. Às vezes, somos levados aos desertos da vida, onde experimentamos muitos sofrimentos, tristezas, desprezos, perseguições, afrontas. Enfim, um mundo de dificuldades. No deserto você reconhece a sua arrogância, sua prepotência, sua ambição desenfreada.
E tudo isso é desfeito nos desertos da vida, como afirma em Deuteronômio 8.2: “o SENHOR te guiou no deserto, para te humilhar, para saber o que estava no teu coração…” A palavra “humilhar” tem vários significados, dentre eles: ser oprimido, ser curvado, enfraquecer-se, fazer menor, rebaixar. Ele está quebrantando o teu ego, seu interior, o seu caráter moral, suas razões e suas inclinações erradas.
Esses desertos que Deus nos educar n’Ele e para a vida. É o deserto que o nosso coração torna mais macio e sensível à sua direção. Nossa receptividade à vontade do Senhor fica mais pré-disposto: “vou atraí-la para o deserto, ali Israel me responderá como nos dias de sua infância, como no dia em que saiu do Egito. Assim, eles buscarão a minha face e buscarão ansiosamente.” (Oseias 2:15; 5.15).
Essa expressão atrair significa trazer de volta, chamar a atenção, trazer para perto. É uma forma de se aproximar dele. Atrair-nos constantemente para uma forte experiência pessoal com Ele. Moises, por exemplo, ficou 40 anos no deserto, porque Deus sabia que é o tempo necessário para tirar o Egito do coração de Moises.
Então, antes de começar a realizar o ministério, Deus vai primeiro, tirar o sistema do mundo do seu coração. Vai tirar aquilo que te aprecia. Vai despir aquilo que você aprendeu e gostava. Esse processo de transformação gera tempo, então não te apresses. No deserto, Deus vai testar, avaliar e examinar a sua fé, vai descobrir os motivos que te levou a decidir em querer ser usado por Deus. No deserto, também, nos força adaptar, pois à noite e fria e o dia é quente, isto é, aceita elogios e críticas, fartura ou fome, conquista ou perdas.
A murmuração pode comprometer todo processo de Deus nesse deserto que você esta vivendo: “Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: Por que me fizeste assim?” (Romanos 9:20)
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