Fugindo do chamado

fugindo do chamado

Autor Esdras Ferreira

“E veio a palavra do SENHOR:  Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela ” (Jn 1:2)

Quando Deus escolheu Jonas, não foi por acaso, pois Jonas era da Tribo de Zebulon. Quem nascesse na tribo de Zebulon eram conhecidos como homens de guerra. Nas escrituras, a tribo de Zebulom desempenhou um importante papel na história de Israel. No livro dos juízes, as suas façanhas foram dignas de reconhecimento: ofereceu suas próprias vidas para morrer na guerra; ajudou no combate de Baraque e Gideão; destruíram todos os ídolos e altares.

Entretanto, mesmo Jonas sendo da tribo de Zebulon teve medo, decidiu recusar seu propósito. Decidiu ignorar a voz de Deus, desobedecendo seu chamado, fugindo da sua missão. Jonas tentou queimar etapas, cortar caminhos, uma saída mais rápida.  Ele tentou esconder de Deus: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o Senhor. ” (Jeremias 23:24)

O motivo do medo de Jonas era que os ninivitas eram conhecidos pela sua crueldade, um povo guerreiro, cujos soldados eram sanguinários e sem misericórdia. Se a profecia fosse nos dias de hoje, seria Mossul, do Iraque, onde registra o maior número de cristãos martirizados. Na época de Jonas, existiram muitos profetas, com Amos, Oseias, Isaías e Miqueias, mas Deus escolheu Jonas para profetizar em Nínive.

Na verdade, todo cristão tem uma chamada, um ministério, uma função a ser exercida, uma responsabilidade, uma incumbência da parte de Deus para ser desempenhada. Se Deus lhe atribuiu algo, é porque Ele viu em você a capacidade para, elaborar, arquitetar, planejar e executar com excelência. Deus jamais colocará em nossas mãos aquilo não somos capazes de fazer.

Também, o chamado de DEUS não é escolha tua, não pode querer fazer a obra do seu jeito ou escolher ministério do seu gosto: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, quando nem ainda existia… Antes que te formasse no ventre te conheci, às nações te dei por profeta…” (Salmos 139:8-18; Jeremias 1:4-5). (Veja volume 10, pag. 21)

A partir do momento em que o chamado de Deus repercute em seu coração, você perde o direito de determinar destinos para sua vida, pois o chamado, quando revelado, nos coloca diante de duas escolhas:  desobediência ou fidelidade. Qual será a sua escolha?

Jonas: Dispõe-te e vai!

“E veio a palavra do Senhor a Jonas: Dispõe-te e vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela.”      (Jonas 1.2)

Penso como foi difícil para Jonas obedecer este comando, pois o povo de Nínive era um povo rebelde, idolatra e sanguinário. Um povo que torturavam os profetas. Era um povo terrível e sem misericórdia. Mesmo Deus sabendo disso, deu essa ordem: dispõe-te e vai!, ou seja, Deus queria que Jonas fosse útil e preparado para esse desafio. Deus queria apenas uma coisa de Jonas: disposição. Um esforço que vai além de um desejo. Um querer que vai além de um sentimento. Uma atitude que esteja de acordo com esse desejo. Mesmo porque, as suas atitudes têm que estar coerentes com seu desejo, porque podemos até desejar fazer e não ter a disposição em cumpri-lo, pois, a palavra disponibilidade é sinônimo de ação, um compromisso sendo executado com excelência e qualidade.

Essa ordem também foi dada a Jeremias: “Dispõe-te e desce a casa do oleiro…” (Jeremias 18.2). Como também a Josué: “dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.” (Josué 1.2). Penso que não foi fácil para assumir tamanha responsabilidade. Uma tarefa árdua e espinhosa, pois o povo era rebelde e ingrato. Não havia temor ao Senhor. Mesmo sabendo disso, Josué se dispôs a cumprir essa missão.

Portanto, no momento que colocamos a disposição no seu reino, estamos aceitando ser usados da forma que Ele desejar, ainda que nos pareça aos nossos olhos difíceis de realizar, desconfortável em cumprir, ou até acima da nossa capacidade. Muitas vezes Deus nos pede coisas que não estarão de acordo com nossos interesses, mas é nesse momento que revela se somos servos de verdade. Aliás, a nossa disposição para Deus é proporcional ao quanto o conhecemos e o quanto compreendemos seus planos em nossa vida. À medida que o conhecemos a Deus, pelo nosso compromisso em servi-Lo será mais intensa a nossa disposição.

Muitas vezes nossas orações são repletas de declarações: Eis me aqui! Usa-me em suas mãos! Mas quando aparece os primeiros obstáculos e problemas, queremos fugir, criamos desculpas e justificativas para fugir do proposito. Disponha-se e faça a sua obra! Deus precisa de você! Não fuja do seu chamado!

Sono da ignorância

“Enquanto isso, Jonas, estava no porão deitado, dormia profundamente. (Jonas 1:4-5)

Deus, por sua vez, não está disposto a deixar o profeta se esconder, envia uma grande tempestade, demostrando uma prova de amor na vida de Jonas. O próprio Deus estava tentando levar Jonas de volta para seu caminho. Era, basicamente, uma demonstração de misericórdia de Deus para voltar ao seu chamado, ao seu propósito, porém, Jonas foi dormir. Um sono da ignorância por não perceber as consequências das suas escolhas e não perceber que essa escolha de fugir estava levando a morte dele e aqueles que estava na embarcação.

Apesar das consequências da desobediência de Jonas, ele se arrependeu. Quando o perdão de Deus foi liberado na vida de Jonas, levou consigo as consequências das suas escolhas: Uma tempestade e três dias na barriga de um peixe, pois Deus não anula as consequências, mas apenas ameniza, impedindo que algo pior aconteça, porque todas as escolhas vêm com rastro de consequências na sua vida, que pode atingir até a pessoas que convive com você

FUGINDO DO CHAMADO

“Jonas fugiu da presença do Senhor, dirigindo-se para Társis, onde encontrou um navio…”(Jonas 1:3)

O profeta Jonas nunca imaginou o quão persistente Deus poderia ser. O Senhor lançou uma grande tempestade que veio sobre o navio onde estava Jonas. E o navio estava a ponto de ser totalmente despedaçado. Os marinheiros apavorados atiraram as cargas ao mar para tornar mais leve o navio. Enquanto isso, Jonas dormia profundamente. O capitão dirigiu-se a ele e disse: “Como você pode ficar aí dormindo? Levante-se e clame ao seu deus! Talvez ele tenha piedade de nós e não morramos“.

Então os marinheiros combinaram entre si: “Vamos tirar sortes para descobrir quem é o responsável por esta desgraça que se abateu sobre nós”. Tiraram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. Por isso lhe perguntaram: “Diga-nos, quem é o responsável por esta calamidade? Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? A que povo você pertence?” (Jonas 1:5-8)

A interrogação feita a Jonas nos leva a nos desafiar a entender qual é a nossa finalidade da nossa existência? Qual é o nosso povo?  Qual é a nossa missão? Qual é a finalidade da viagem aqui na terra? Qual é a nossa ocupação? Qual é a nossa genealogia? Que linhagem pertencemos? A Palavra nos mostra a resposta de todas essas perguntas: “Vocês são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pedro 2:9).

Diante dos desafios da nossa chamada que nos sobrevêm, queremos dar um “jeitinho” de maneira a escapar, fugimos do problema, procuramos negar de todas as maneiras, ao ponto de esconder em um “porão” da nossa vida como o caso de Jonas. Quando olhamos para a história Jonas nos leva a entender que a desobediência sempre leva ao declínio, tanto emocional, espiritual, até mesmo circunstancial: desceu a Jope; desceu para a parte inferior do navio; desceu para a profundezas do mar. Para piorar, a desobediência de Jonas colocou outras pessoas em perigo (Jonas 1:4)

Que possamos buscar em conhecer as grandezas preparadas para o nosso chamado, pois Deus não conta com tímidos, medrosos e tão pouco com covardes. (2Crônicas 15.7)

DEUS NÃO DESISTE DE JONAS

O que me chama atenção, é que Deus não desistiu de Jonas, isso mostra um Deus que se preocupa em levar há um lugar mais profundo de restauração para cumprir a nossa missão. Um Deus de recomeço. Um Deus de restauração e de oportunidade. Um Deus que constrói o que foi destruído e levanta o que está caído (Salmos 37.23-24; Provérbios 24.16). Quantas vezes tomamos a direção contrária à sua vontade e indo dormir onde pensamos que ele não nos verá. Mas Deus nos trará de volta. Queiramos ou não, ele nos fará cumprir a sua vontade, cedo ou mais tarde. Como um pai misericordioso, nos trará de volta para a qual fomos chamados: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre ti” (Efésios 5:14)

Descida “pular do barco” como Jonas, em voltar ao caminho. Tente discernir as tempestades da sua vida. Será que essa tempestade em sua vida é para voltar ao seu chamado?

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