Amor materno de Deus

“Será que uma mãe pode esquecer do seu filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você!” (Isaías 49.15)

INTRODUÇÃO: A linguagem figurada do amor materno de Deus traz a compreensão do sentimento de Deus pela humanidade, na qual é mais profunda do que qualquer vocabulário de uma língua. Como sabemos, o amor de mãe costuma ser mais estável, confiável e puro. Sem falar da experiência de dar à luz, para a mulher, gera mais do que um tipo de sentimento. É algo profundo e forte. É na relação materno de mães que o amor se fortalece a cada abraço, cada sorriso, cada conversa e cada correção. Em nossa cultura, passou-se a enaltecer a posição da mãe como aquela que ama e protege e cuida dos seus filhos, pois se tornou símbolo de proximidade, cuidado, compaixão e misericórdia. São essas palavras que expressam o modo de Deus agir em relação ao ser humano.

A.   Entretanto, esse modo paterno de mãe de cuidar, proteger e amar é limitado e possui defeitos. O ser humano não é capaz de amar incondicionalmente como Deus. O amor de Deus para com a humanidade é ilimitado e incondicional, isso prova na entrega do seu único filho para morrer em nosso lugar. Um amor só mesmo o partindo de Deus.  (João 3.16) 

B.      Em Oseias 11, por exemplo, fala sobre a rejeição de Israel por Seu amor. Contudo, Deus no Seu grande amor não quis rejeitar nem destruir o povo. Mesmo com a rejeição de Israel, Deus se mantém fiel e amoroso. Experimentar o amor materno de Deus é vivenciar o seu cuidado e sua misericórdia a cada manhã. É poder sentir amado e conduzido por Ele. Mesmo porque, a rejeição consiste em sentir-se não querido, não amado ou não aceito. É a sensação de abandono e depreciação.

C.      Existem pessoas que têm dificuldades de serem amadas, ou até mesmo de amar, porque não receberam amor na sua infância, e carregam consigo um sentimento que nunca serão aceitas. Entretanto, devemos saber que a misericórdia de Deus em contato com a nossa miséria, fraqueza e angustias é comparável à reação de uma mãe ao ver o sofrimento dos filhos

D.   A paternidade de Deus é um amor que se compadece de nossas fraquezas. O profeta Isaías é ainda mais enfático ao afirmar: “como a mãe que consola um filho, assim eu vos consolarei” (Isaias 66.13). Os mandamentos de Deus não é causar medo, mas conduziu pelo amor. Ele deseja que agimos como filhos e não como servos.

1.Atraídos pelo Amor

“Eu os conduzi com laços de amor; tirei do seu jugo e me inclinei para alimentá-los…” (Oséias 11.4)

Nos primeiros versos mostra a ingratidão, julgamento e a misericórdia de Deus para com a nação de Israel. Deus tirou Israel do Egito e o conduziu pelo deserto até a terra prometida, no entanto, se afastaram de Deus, indo servir a outros deuses e oferecer sacrifícios e incenso à imagens de escultura. Esta declaração é como um desabafo de um pai amoroso contra seu filho rebelde. Por causa da teimosia, será entregue aos inimigos assírios. Isso mostra um Deus amoroso, mas também discipulador que não deixa de repreender e condenar o pecado. Apesar disso, o Senhor mantém a promessa de restauração. Ele promete que fará o Seu povo voltar para a sua terra.  Observe nos quatro primeiros versículos desta passagem, mostra o extraordinário amor de Deus para com Israel:

1.   Ensinei a andar e tomei nos braços – A paternidade de Deus é um amor que se compadece de nossas fraquezas. Assim como um pai entende a imaturidade de seu filho que está em crescimento, também Deus entende as nossas limitações e fraquezas. Ou seja, revelando sua paciência e sua misericórdia. E nos dias mais difíceis de nossa vida, Deus nos carrega em seu colo para nos acalmar e consolar

2.       Conduzi com laços de amor – Mesmo com a rejeição de Israel, Deus se mantém fiel e amoroso. Uma demonstração de um profundo amor e paixão por Israel. Embora seja uma história de amor entre Deus e um povo em particular, ela também diz respeito a todos nós. E também é um sinal de que Deus espera uma correspondência desse amor. Uma obediência movida por amor, uma entrega incondicional

3.       Me inclinei para alimentá-los – O próprio Deus mostrou seu cuidado em alimentar Israel com maná todas as manhãs no deserto. Todos nós precisamos sentir suas cordas de amor nos envolvendo a cada manhã com seu cuidado, ao ponto de sentir todos os dias sua presença e ouvir sua voz. Devemos constantemente experimentar a cada manhã seu aconchego, seus abraços e seu sustento.

CONCLUSÃO

Que sejamos tocados pelo amor imensurável de Deus. Um amor que motive a servir de maneira mais intensa e profunda. Quando o amor de Deus é revelado jamais somos os mesmos. Tornamos apaixonados e sedentos a viver uma vida intensa em Deus.

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